Dia Proclamação da República: a Proclamação da República Brasileira é um marco importante na história do nosso país. Foi um momento de transformação política e militar, ocorrido em 15 de novembro de 1889, que trouxe a forma republicana presidencialista de governo, pondo fim à monarquia constitucional parlamentarista do Império. Ah, e não podemos esquecer que esse golpe de Estado também resultou na destituição do imperador D. Pedro II, que foi obrigado a partir para o exílio na Europa.

Proclamação da República Feriado

Essa proclamação aconteceu na Praça da Aclamação, que hoje é conhecida como Praça da República, no Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil. Um grupo de militares do exército brasileiro, liderado pelo marechal Manuel Deodoro da Fonseca, assumiu o poder, destituindo o imperador e estabelecendo um governo provisório republicano, que mais tarde se tornaria a Primeira República Brasileira.

Agora, vamos dar uma olhada nos antecedentes desse evento histórico. A República já havia sido proclamada uma vez no Brasil, lá no Recife, durante a Revolução Pernambucana de 1817. No entanto, o movimento de 15 de novembro de 1889 foi o único que teve êxito, embora não tenha sido o primeiro a tentar estabelecer uma república por aqui. Alguns outros movimentos surgiram ao longo dos anos, buscando a independência e a proclamação de uma república em diferentes regiões do país.

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15 de novembro, dia em que a liberdade e a democracia triunfaram no Brasil!

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Neste dia da Proclamação da República, celebremos a conquista da democracia e da igualdade em nosso país.

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A Proclamação da República representa um marco histórico na luta do povo brasileiro pela liberdade e pela justiça social.

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Neste dia especial, honramos os heróis que lutaram pela independência do Brasil e pela instauração de um governo democrático.

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Que o Dia da Proclamação da República nos inspire a continuarmos lutando por um país mais justo e igualitário para todos.

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Celebremos o Dia da Proclamação da República com a certeza de que nosso país segue em constante evolução e aprimoramento de suas instituições democráticas.

A década de 1870 foi um momento crucial para o surgimento desse desejo de mudança no regime político. A Guerra do Paraguai, que ocorreu de 1864 a 1870, teve um papel significativo nesse processo. Alguns setores da elite brasileira passaram a considerar a necessidade de alterar o sistema vigente. Alguns fatores contribuíram para essa transformação.

Um deles era o fato de que o imperador D. Pedro II não tinha filhos homens, apenas filhas. Portanto, após a sua morte, o trono seria ocupado por sua filha mais velha, a princesa Isabel, casada com um francês, o Conde d'Eu. Isso gerava preocupação em parte da população, que temia ter um estrangeiro governando o país.

Além disso, houve uma questão social envolvendo os negros que lutaram bravamente ao lado do exército durante a Guerra do Paraguai. No entanto, quando voltaram ao Brasil, muitos permaneceram como escravos, sem conquistar a liberdade que mereciam. Essa situação despertou um sentimento de injustiça e alimentou o desejo por mudanças.

Feliz dia da proclamação da república

A crise da monarquia estava em curso, e o movimento de 15 de novembro de 1889 foi o ápice desse processo. A República foi proclamada, trazendo consigo uma nova era na política brasileira.

É fascinante pensar nas circunstâncias históricas, nas lutas e nos desafios que levaram à Proclamação da República. Esse evento teve um impacto duradouro em nossa sociedade e moldou o futuro do Brasil. É importante reconhecer e compreender o contexto em que ocorreu, para que possamos valorizar a importância desse marco na nossa trajetória como nação.

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A situação política do Brasil em 1889 era um verdadeiro turbilhão de eventos e transformações. O governo imperial, liderado pelo Gabinete Ouro Preto, estava ciente dos desafios que enfrentava e buscava desesperadamente salvar o império. No entanto, suas propostas de reformas políticas foram rejeitadas pela maioria conservadora na Câmara Geral. Foi nesse contexto conturbado que a República foi proclamada em 15 de novembro de 1889.

  • "Neste Dia da Proclamação da República, reafirmamos nosso compromisso com a democracia e com a construção de um país mais justo e igualitário para todos."
  • "Que a Proclamação da República nos inspire a continuarmos lutando por um Brasil livre, democrático e próspero."
  • "A Proclamação da República simboliza a força do povo brasileiro na luta por seus direitos e pela construção de uma nação mais justa e solidária."
  • "Que este Dia da Proclamação da República seja um momento de reflexão sobre os avanços conquistados e os desafios que ainda temos pela frente."
  • "Neste 15 de novembro, reafirmamos nosso compromisso com a democracia, com a cidadania e com a construção de um futuro melhor para todos os brasileiros."

A monarquia, que já vinha perdendo prestígio, enfrentava dificuldades em manter o apoio de suas bases econômicas, militares e sociais. Os atritos com a Igreja Católica, conhecidos como "Questão Religiosa", geraram tensões com os grupos conservadores. Além disso, a abolição da escravatura em 1888 sem a devida indenização dos proprietários de escravos afastou o apoio político dos grandes fazendeiros.

15 de Novembro dia da proclamação da república

Por outro lado, os grupos progressistas criticavam a monarquia por ter mantido a escravidão por tanto tempo. Eles também apontavam a falta de iniciativas para o desenvolvimento econômico, político e social do país, a existência de um sistema político de castas e o voto censitário, que se baseava na renda anual das pessoas. Além disso, a ausência de um sistema de ensino universal, os altos índices de analfabetismo e miséria, bem como o afastamento político do Brasil em relação aos países vizinhos, que eram republicanos, geravam críticas e insatisfação.

Aos poucos, a legitimidade da monarquia começou a declinar, enquanto a proposta republicana, vista como um símbolo de progresso social, ganhava espaço. É importante ressaltar que a legitimidade do imperador era diferente da legitimidade do regime imperial. A população em geral respeitava e admirava Dom Pedro II, mas tinha pouca consideração pelo próprio império. Acreditava-se, na época, que não haveria um terceiro reinado, ou seja, a monarquia não sobreviveria após a morte de Dom Pedro II, devido à falta de legitimidade e à aversão pública ao príncipe consorte, marido da princesa Isabel, o Conde d'Eu. O Conde era conhecido por sua arrogância, dificuldade de audição, sotaque francês e também por possuir cortiços no Rio de Janeiro, onde cobrava aluguéis abusivos das pessoas mais pobres. Temia-se que, se Isabel ascendesse ao trono, ele se tornasse o verdadeiro governante do Brasil.

Veja abaixo algumas perguntas e respostas sobre o dia da da proclamação da república:

Onde aconteceu a proclamação da república?

A Proclamação da República aconteceu na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil, em 15 de novembro de 1889.

O que é o feriado proclamação da república?

O Feriado da Proclamação da República é uma data comemorativa em que se celebra o aniversário da proclamação da forma republicana de governo no Brasil, que aconteceu em 15 de novembro de 1889.

Quando ocorreu a proclamação da república?

A Proclamação da República ocorreu em 15 de novembro de 1889.

Como aconteceu a proclamação da república?

A Proclamação da República aconteceu por meio de um golpe de Estado liderado por um grupo de militares, que derrubou a monarquia brasileira e proclamou a República. O marechal Deodoro da Fonseca foi o líder desse movimento e assumiu a presidência provisória do país.

O que mudou no Brasil após a proclamação da república?

Após a Proclamação da República, o Brasil deixou de ser governado por um imperador e passou a ser uma república federativa. A Constituição foi modificada, novos partidos políticos surgiram e houve uma maior participação popular na política. Além disso, foram criadas novas instituições, como o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal de Contas, e houve mudanças na economia, com a adoção do sistema financeiro nacional e a criação do Banco Central.

Antecedentes históricos e sociais que levaram à proclamação da república

Embora a famosa frase de Aristides Lobo, "O povo assistiu bestializado", tenha sido registrada na história como a reação popular à Proclamação da República, pesquisas históricas mais recentes trazem uma visão diferente da aceitação do novo regime pelo povo brasileiro. Estudos, como a tese defendida por Maria Tereza Chaves de Mello em "A República Consentida", mostram que a República era vista como um sistema político que traria desenvolvimento para o país, tanto antes quanto depois da proclamação.

Esse momento de transição política marcou profundamente a história brasileira, abrindo caminho para uma nova forma de governo e trazendo consigo esperanças e desafios. As mudanças políticas e sociais desencadeadas pela Proclamação da República ainda ecoam em nossa sociedade, e compreender esse período nos permite valorizar a jornada do Brasil como nação.

O papel dos líderes republicanos na proclamação da república

A crise econômica foi um dos principais desafios enfrentados pelo Brasil na época. As despesas geradas pela Guerra da Tríplice Aliança causaram um agravamento dessa crise, resultando em um aumento significativo nos empréstimos estrangeiros. Em apenas 18 anos, os empréstimos brasileiros passaram de três milhões de libras esterlinas para quase 20 milhões em 1889. Isso teve como consequência uma inflação anual de aproximadamente 1,75%, afetando a economia interna.

Outro ponto crucial naquele período foi a questão abolicionista. Desde a abolição do tráfico de escravos em 1850, a questão da escravidão se tornou um tema central no Brasil. As elites agrárias tradicionais resistiam fortemente à abolição, e buscavam do Estado indenizações proporcionais ao valor total que haviam pago pelos escravos. Essas indenizações seriam pagas por meio de empréstimos estrangeiros. No entanto, com a promulgação da Lei Áurea em 1888, que aboliu a escravidão sem indenizar os proprietários, o império perdeu o apoio dessas elites e seu último sustentáculo.

O impacto da proclamação da república na sociedade brasileira da época

A visão dos progressistas na época era de que o Império do Brasil havia sido ineficiente na resolução da questão escravista, o que abalou sua legitimidade ao longo dos anos. A adesão dos ex-proprietários de escravos à causa republicana após a abolição mostra o quanto o regime imperial estava ligado à escravidão.

Além disso, a questão religiosa desempenhou um papel importante. Desde o período colonial, a Igreja Católica no Brasil estava submetida ao Estado, ou seja, nenhuma ordem do papa poderia ser implementada sem a aprovação prévia do imperador. Em 1872, dois bispos resolveram desobedecer a essa ordem e foram presos. Embora o imperador Pedro II não fosse maçom, a relação conturbada entre a Igreja Católica e a maçonaria acabou desgastando a imagem do império perante a igreja. Esse desgaste foi um fator adicional na crise da monarquia, já que o apoio da Igreja Católica era essencial para a sobrevivência do regime.

Assim, todos esses elementos contribuíram para o clima de insatisfação e descontentamento em relação à monarquia no Brasil, culminando na proclamação da República em 1889. A transição para o novo regime representou uma esperança de mudança e progresso para o país.

As mudanças políticas, econômicas e sociais decorrentes da proclamação da república

Os militares do Exército Brasileiro estavam insatisfeitos com as restrições impostas pela monarquia. Eles não podiam expressar suas opiniões na imprensa sem autorização prévia do Ministro da Guerra. Essa falta de autonomia para decidir sobre a defesa do território os incomodava. Afinal, eles estavam sujeitos às ordens do imperador e do Gabinete de Ministros, formado por civis, que tinham mais poder de decisão do que os generais. Era uma situação desequilibrada.

Além disso, os militares se sentiam menosprezados e desrespeitados. Enquanto os líderes do império eram civis com alto status social e remuneração privilegiada, os militares, mesmo com uma formação técnica e uma seleção mais democrática, não recebiam o devido reconhecimento político, social e econômico. Suas promoções de carreira eram difíceis de obter e baseavam-se em critérios pessoais, em vez de mérito e antiguidade.

A transição do regime monárquico para o regime republicano no Brasil

A experiência na Guerra do Paraguai acentuou essa sensação de desvalorização entre os militares. Eles perceberam que sacrificavam suas vidas por um regime que pouco se importava com eles, dando mais atenção à Marinha do Brasil. Essa percepção levou a um interesse crescente pela ideia republicana e pelo desenvolvimento econômico e social do país.

Os republicanos encontraram apoio entre os militares e os civis que lutaram na Guerra do Paraguai. Em 1870, foi publicado o manifesto republicano, seguido pela Convenção de Itu em 1873. Os clubes republicanos começaram a surgir em todo o país, fortalecendo o movimento. A maçonaria e o positivismo de Auguste Comte também exerceram influência significativa, especialmente após o surgimento da igreja Positivista do Brasil em 1881. Líderes como Miguel Lemos e Raimundo Teixeira Mendes promoveram campanhas abolicionistas e republicanas.

A comemoração do Dia da Proclamação da República ao longo do tempo

A propaganda republicana foi disseminada pelo periódico A República. Os republicanos se dividiam em duas correntes principais: os evolucionistas, que acreditavam que a República era inevitável e não justificava uma luta armada, e os revolucionistas, que defendiam a possibilidade de usar armas para conquistá-la, através da mobilização popular e de reformas sociais e econômicas.

Embora houvesse diferenças entre esses grupos em relação às estratégias políticas e ao conteúdo do novo regime, a ideia geral era de que a República deveria ser progressista, em contraste com a exausta monarquia. Era uma proposta revolucionária, que buscava transformações sociais e não apenas a troca de governantes.

A insatisfação militar aliada ao movimento republicano preparou o terreno para a proclamação da República em 15 de novembro de 1889. Esse evento marcou o fim da monarquia e o início de uma nova era no Brasil. Os ideais republicanos encontraram eco na população, ansiosa por mudanças e por um sistema político mais justo e inclusivo.

Reflexões sobre o significado da república e da democracia no Brasil atual

No dia 15 de novembro de 1889, um evento histórico marcou a trajetória do Brasil: o golpe militar que resultou na proclamação da República. No coração do Rio de Janeiro, os republicanos fervorosos insistiram para que o Marechal Deodoro da Fonseca, mesmo sendo monarquista, liderasse o movimento revolucionário em substituição à Monarquia.

Após muita persuasão, Deodoro da Fonseca finalmente aceitou liderar o movimento militar. Naquele dia memorável, comandando algumas centenas de soldados que percorriam as ruas cariocas, o marechal Deodoro e a maioria dos militares tinham como objetivo principal derrubar o então Chefe do Gabinete Imperial, o Visconde de Ouro Preto. Deodoro expressou sua opinião sobre a situação, afirmando: "Os principais culpados de tudo isso [a proclamação da República] são o conde d'Eu e o Visconde de Ouro Preto: o último por perseguir o Exército e o primeiro por consentir nessa perseguição".

Inicialmente, o golpe militar estava planejado para o dia 20 de novembro de 1889, mas precisou ser antecipado. No dia 14, os conspiradores espalharam o boato de que Benjamin Constant Botelho de Magalhães e Deodoro da Fonseca seriam presos pelo governo. Posteriormente, confirmou-se que era apenas um boato infundado. No entanto, essa manobra fez com que os revolucionários antecipassem o golpe de Estado. Assim, na madrugada de 15 de novembro, Deodoro decidiu liderar o movimento das tropas do exército que pôs fim ao regime monárquico no Brasil.

Com uma ovação popular, o Marechal Deodoro da Fonseca e Bocaiuva foram aclamados na Rua do Ouvidor. Os conspiradores buscaram o marechal, que estava doente com dispneia, em sua residência e o convenceram a liderar o movimento. Um fator determinante para a decisão de Deodoro foi descobrir que Gaspar Silveira Martins, um antigo rival, assumiria a presidência do Conselho de Ministros do Império a partir do dia 20 de novembro. Deodoro e Silveira Martins haviam sido adversários desde os tempos em que serviram no Rio Grande do Sul e disputaram o afeto da bela e elegante Baronesa do Triunfo. Segundo relatos da época, a baronesa preferiu Silveira Martins. A rivalidade entre os dois se intensificou, e Silveira Martins aproveitava qualquer oportunidade para provocar Deodoro, inclusive insinuando desvios de fundos e questionando sua eficácia como militar.

O papel da educação cívica na valorização do Dia da Proclamação da República

Além disso, o Major Frederico Sólon de Sampaio Ribeiro informou a Deodoro que uma suposta ordem de prisão havia sido emitida contra ele. Esse argumento foi decisivo para convencer o velho marechal a proclamar a República em 16 de novembro e exilar a Família Imperial durante a noite, evitando assim possíveis agitações populares.

Convencido de que seria capturado pelo governo imperial, Deodoro deixou sua residência ao amanhecer do dia 15 de novembro. Ele atravessou o Campo de Santana e, do outro lado do parque, convocou os soldados do batalhão ali aquartelado - onde atualmente se encontra o Palácio Duque de Caxias - a se rebelarem contra o governo. Deram-lhe um cavalo, que ele montou, e, segundo testemunhas, tirou o chapéu e proclamou "Viva a República!". Depois de descer do cavalo, atravessou novamente o parque e retornou à sua residência. A manifestação continuou com um desfile das tropas pela Rua Direita, conhecida hoje como rua 1.º de Março, em direção ao Paço Imperial.

Assim, o golpe militar de 15 de novembro de 1889 e a proclamação da República marcaram uma nova era na história do Brasil, pondo fim ao longo período monárquico e abrindo caminho para uma forma de governo republicana. Esse momento histórico foi impulsionado pela liderança do Marechal Deodoro da Fonseca, que, mesmo sendo inicialmente um monarquista, atendeu ao clamor republicano e assumiu a vanguarda da mudança política.

Os revolucionários tomaram o quartel-general no Rio de Janeiro e, em seguida, o Ministério da Guerra. Eles depuseram o Gabinete ministerial e prenderam o presidente, o Visconde de Ouro Preto.

No Paço Imperial, o presidente do gabinete, Visconde de Ouro Preto, tentou resistir pedindo ao comandante local, o general Floriano Peixoto, que enfrentasse os amotinados. Ele argumentou que havia tropas legalistas suficientes para derrotar os revoltosos, lembrando ao general Floriano Peixoto que ele havia enfrentado tropas ainda mais numerosas na Guerra do Paraguai. No entanto, o general Floriano Peixoto se recusou a obedecer às ordens, justificando sua insubordinação ao dizer: "Sim, mas lá (no Paraguai) tínhamos inimigos à nossa frente, e aqui somos todos brasileiros!"

Em seguida, Floriano Peixoto aderiu ao movimento republicano e prendeu o chefe de governo, o Visconde de Ouro Preto. Durante esse episódio, o único ferido foi o Barão de Ladário, que resistiu à prisão e acabou sendo baleado. Deodoro da Fonseca não dirigiu críticas ao Imperador Dom Pedro II e escolheu suas palavras com cuidado, possivelmente como uma estratégia para evitar derramamento de sangue. Ele contava com o apoio do tenente-coronel Benjamin Constant e outros líderes republicanos civis.

Na tarde do mesmo dia, a República foi solenemente proclamada na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. À noite, na Câmara Municipal do Município Neutro, José do Patrocínio redigiu a proclamação oficial da República dos Estados Unidos do Brasil, que foi aprovada sem votação. O texto foi enviado para as gráficas de jornais que apoiavam a causa e, somente no dia seguinte, 16 de novembro, foi anunciado ao povo a mudança do regime político do Brasil.

Dom Pedro II, que estava em Petrópolis, retornou ao Rio de Janeiro. Ele pensava que os revolucionários apenas buscavam substituir o Gabinete de Ouro Preto e tentou organizar outro gabinete ministerial sob a presidência de José Antônio Saraiva. No entanto, quando soube do golpe de Estado, o Imperador reconheceu a queda do Gabinete de Ouro Preto e tentou anunciar um novo nome para substituí-lo. Os republicanos exaltados espalharam o boato de que o Imperador havia escolhido Gaspar Silveira Martins, inimigo político de Deodoro da Fonseca, para ser o novo chefe de governo. Essa notícia levou Deodoro a aderir à causa republicana. O Imperador foi informado disso e, desiludido, decidiu não oferecer resistência.

No dia seguinte, o Major Frederico Sólon de Sampaio Ribeiro entregou a Dom Pedro II uma comunicação informando-o sobre a proclamação da República e ordenando sua partida para a Europa, a fim de evitar conturbações políticas. A família imperial brasileira exilou-se na Europa e só retornou ao Brasil na década de 1920. Quando as primeiras notícias da proclamação chegaram aos Estados Unidos e ao Reino Unido, o chanceler do consulado brasileiro em Nova Iorque referiu-se aos soldados no Rio de Janeiro como "desprovidos de disciplina ou coragem", descrevendo o movimento como uma "revolta militar no Rio de Janeiro, e nada mais do que isso". Ele também afirmou que tudo ocorreu muito rapidamente e que "não foi uma revolta popular".

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