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Feriados 2023 Marau: Localizada no estado do Rio Grande do Sul, a cidade de Marau tem uma história interessante. Desde o seu início, em uma aldeia indígena chamada “Mayrahú”, até a construção de uma refinaria de querosene e celulose em meados do século XIX, a cidade tem muitas histórias para contar.

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Tudo começou em 1705, quando os frades capuchinhos italianos descobriram a aldeia “Mayrahú”, que significa “Luz do Sol ao Amanhecer” na língua indígena. A tribo local era chamada de “Mayra”, mas não se sabe a época exata do seu descobrimento.

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A partir da construção da “Estrada da Nação”, pelo bandeirante João Gonçalves da Costa, a região começou a ter mais movimento, graças ao contrabando do “Quinto de Ouro”, que era transportado pela estrada. Foi nesse período que surgiu o Povoado dos Funis, que foi responsável pela bifurcação da estrada para Camamu e Vila de Barra do Rio de Contas, hoje cidade de Itacaré.

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Com o objetivo de dificultar o contrabando pela estrada, a cidade de Vitória da Conquista foi edificada em um local conhecido como “Ressaca”. Assim, a aldeia de Mayrahú foi registrada para pagamento de impostos, o que acabou dando origem à criação da Freguesia de São Sebastião de Mayrahú, em 1718.

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Em 1756, a sede da Freguesia tinha 26 fogos e mais de 1.100 pessoas de comunhão. Já em 1761, a freguesia foi elevada à categoria de vila e passou a ser chamada de Vila de Mayrahú.

O auge da cidade ocorreu com a instalação da usina de destilação de querosene e extração de xisto betuminoso, pela Companhia Internacional de Marau, em meados do século XIX. A usina chamava-se João Branco e foi construída às margens do Rio Marau.

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A usina tinha todos os requisitos de uma grande refinaria e custou à Coroa Inglesa cerca de 600 mil libras esterlinas. Empregou cerca de 500 operários e possuía uma estrada interna por onde rodavam duas locomotivas. Na usina, além do querosene, eram fabricadas velas de espermacete, sabão, ácido sulfúrico e papel encerado.

Entretanto, a greve dos operários e os consequentes crimes que isso gerou levaram a falência da usina. Mesmo Mister Grant, dono da companhia, tendo disparado um tiro contra um operário, que acabou morrendo, ele foi absolvido mas preferiu fechar a fábrica e retirar-se da Bahia por conta das agitações políticas e sociais da época.

Hoje, as ruínas da fábrica e os trilhos da ferrovia ainda estão perto da área conhecida como João Branco. A cidade de Marau continua a ser um importante centro econômico do Rio Grande do Sul, com destaque para a agropecuária e a indústria têxtil. Além disso, a cidade oferece diversas opções de lazer para os visitantes, como o Parque Municipal Lauro Ricieri Bortolon e a igreja Nossa Senhora da Saúde.